Sou Outro Você

Saturday, July 22, 2006

vírus do amor


Vou aprender a amar... na marra, de qualquer jeito eu aprendo... Vou te amar pra sempre, tá me entendendo?!

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A quantidade de vírus no meu coração cresce alucinadamente. Acho que vou precisar ser dois daqui pra frente... talvez tres, ou até mais... E já sou, me achei em outra pessoa e entendi ser bem maior. Agora eu sou eu e também sou você. Assim como sempre, sou outro você!

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O que não tem remédio remediado está. Resolvi me entregar de vez. Tô mexendo na ferida, tá aberta e exposta pra quem quiser me ver doente. O vírus do amor... Tô contaminado e vou agora até o fim e o fundo disso que nunca vivi antes... Por amor! Meu amor por você, pelo homem e sua humanidade. Vc é especial pra mim, pra sempre. Te amo... E que seja doce, doce...

Wednesday, July 19, 2006

...


Eu precisava te contar, te dizer olhando nos olhos e fui covarde. Eu sou um covarde!
E só queria ser verde... do mato, um homem lindo cabeludo e barbudo das montanhas...
Nada me importa mais. Nem você! Eu já não faço mais escolhas. Quero minha ferida exposta pra todo mundo ver, cair na boca do povo era o que eu temia, ser motivo de fofoca é o que me apavora... Mas agora eu quero! Arregaçar o peito pra que me vejam sofrer... Filmar a morte, registrar, publicar... e respirar o cheiro ruim da inflamação, olhar direto no amarelo enfraquecido de pus da minha garganta, misturado ao sangue podre que não pára de jorrar, expurgar um catarro alaranjado pra pintar o entardecer... e desbotá-lo.
Meu sol se pôs e não sei quando renasce. Nem se renasce... Talvez amanhã de manhã, uma esperança...

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BemMenorDoQueMereço


Não tenho o tempo de resposta que me faça merecer. Tenho só o medo de ser quem sou, com as consenquências de quem fui... Sou consequente e tenho medo. Pavor... Não quero mais nada desse mundo, nada, nenhuma dor acumulada, nenhum amor, nenhum valor, nada... Quero morrer e ser feliz longe daqui. Paz e amor de outro mundo distante desse... que fez o mais bonito em mim adoecer, que fez minha criança chorar feito criança. Choro de vergonha agora! Meu peito apertado, acho que meu coração explode a qualquer momento, qualquer movimento brusco e eu já era, estou prestes a jorrar sangue sujo para todos os lados de dentro... hemorragia interna... E não me lembro se suportarei... de novo, mais uma vez, não sei...
Sabe de tudo agora, é isso mesmo o que me faz correr pra longe de você... não posso ser pai. Demorou mas acertou. É isso, meu rabo preso, meu buraco mais em baixo, o pântano em mim, a areia movediça... Apodreci!

Tô nem aqui


Não me procura que eu tô nem aqui, menos aí, quero lá longe onde não existe dor, a paz e o amor reinando em seu império superior, sem corpo, sem alma, ilusão maldita que me obriga ser diferente do que sou... Não quero mais eu, não quero opinião qualquer, nem coração pra sentir, nem ver cor de mentira... Quero ser vegetal, mineral, no máximo um bicho que não pense... Pedra lançada com força no lago, alguns quiques e rumo ao fundo, ao mais interior da água, o centro de tudo, ou de qualquer outro lugar... Ser legume tb é bom, crescer pra dentro... uma batata, ou mandioca... quero ser raiz forte, e me enterrar... um cachorro, ou melhor que isso só gato... andando livre sobre telhados, os tetos do mundo, comendo ratos do chão e os que voam chamam pombos, fazer filhotes em cada cio pra depois abandoná-los...
E se for pra ficar nesse mundo escroto que seja então do meu jeito, quero ser cruel sem remorso, sem culpa imposta, poder tirar a vida do meu semelhante se necessário for.
Peco contra as leis divinas, tenho o castigo que mereço. E adormeço... na esperança de acordar amanhã a tempo de ver o raiar do dia... O sol nascente.

Sunday, July 16, 2006

Na mão dela cabe



Mal sabe ela sobre o amor verdadeiro... sem condições... amor é perdão em essência puríssima, amor é perdão enquanto criança, e não trái ninguém além do próprio sentimento ensimesmado. Tenho a boca suja de dentes estragados, um canal aberto onde duas cáries roedoras, talvez tres, obsessoram a amigdala esquerda à distância, podre de pus, infectando a gengiva cheia de "ite"... gengivite... Com essa boca nojenta cheirando a esgoto falo do resto de inocência que me cabia, arrancado de mim naquele estacionamento, esperança preservada numa meninice caduca, morre de morte morrida, minha filha, assassinada nos braços de um abraço negro, casado de luvas e casaco combinados na mesma cor. Péssima escolha de figurino para visitar o Céu, entre as estrelas. Elas são brancas e brilham acesas... Luz divina!
Ninguém avisou àquele moço? Sem noção... aquele moço de vestido preto...
Sei do ciúme que senti, sei que não quero mais. E só. Escolha. Vim à Terra unicamente para aprender a escolher, e eu escolho não me perder de amor por mais ninguém. Pronto! Me livro da dor entupido de química grossa, da braba, 500 mg de amoxilina, por favor, enfiadas pela goela à baixo já que na veia não pode, perdi todas anteontem no inferno, eu peço o fim da claridade desse amor em noite iluminada pelo Sol nascente... Pura mentira, porque só a Lua pode visitar o dia.
Estou doente. Minha doença é mortal e contagiosa. Afaste-se. Fuja! Fuja mesmo se for capaz, de mim é possível sim, admito. Mas de si mesma...? Já não garanto tanto. Inclusive sei que não poderá escapar. Eu tentei e quase parti de vez, só o coração não resistiu. Partiu-se em infinitas partículas de moléculas, universos paralelos recriando vários outros órgãos, todos necessários ao novo corpo, entregue bem composto ao estranho visitante, ornado de cabelos pretos lisos escorridos. De longe um pequeno índio iniciante. O boneco de carne vivo, sem cocar ou machadinha, empunhava outra arma, invadiu o amor e matou Inês com treze facadas entre a nuca e as omoplatas. Ela está morta, já disse. Suas mãos pintadas de sangue ressecado escurecido, o rosto respingado, e ela escorrendo gelado por detrás, coagulando lentamente, vazia até de ar, molhando as tranças de vermelho. Estanca... os cristais nublados cobertos de pálpebras, rentes ao chão, estão perdidos dentro dela. Acrescida de terra, misturando-se, desmancha... Despede-se e retorna... ao início.
Se olha e chora arrependida, é mesmo a despedida definitiva, mas só chora se for força maior, porque mesmo não te vendo sei quando tu mentes.
É contigo agora, vá na fé!
Recupere a faca cravada em minhas costas e apunhale-se dessa vez. Procure acertar na altura do brilho enganoso da foto photoshopada... ele nunca existiu antes da sua tecnologia barata - eficiente só em luz artificial - totalmente fajuta aos meus olhos escolhidos - sei o que é e o que não é, e não me iludo mais contigo... menos, um pouco menos de ilusão pra mim. Agradecido.
Foi bom. Sim. Sempre é bom. Mesmo quando é ruim é bom. Valeu!
Mas mal sabe ela... só do mal ela sabe, criminosa que é... e eu também sou do mal, e disso ela sabe bem... por isso vem e me mata, teu igual.

Imagem refletida no espelho quebrado, reflexo aos cacos... Suicida em outro templo fora de si!

Monday, July 10, 2006

Amor Maior


Tô te chamando, meu coração
Você que também chama a mim
Alma gêmea, irmã da minha
Amor Maior, que não tem fim
Sem ter você falta um saber
A outra parte em seu olhar está
Vem pra mim, vem me dizer
Que só em você hei de me achar
...

(Termina tua poesia, é em você que ela se encerra... Vem, Cá!)

Sunday, July 09, 2006

ELE ESTÁ VOLTANDO


Ele está chegando. Sinto sua presença por perto. Ele está voltando... Vai fazer limpeza necessária dessa vez, não só dar exemplo. Seu amor transbordará em luz pra todos os cantos. Uns se iluminarão, outros cairão em sono profundo. Eternizarão seus desejos de morte na terra, que estará pronta pra uma nova chance de viver em paz, sem assassinatos de qualquer espécie. Todos viverão em harmonia outra vez e a natureza respeitada fará festa pra gente todo dia. Estrelas dançarão no céu, conversarão umas com as outras e com os homens, árvores retribuirão abraços, ar mais puro de mim, a água se renovará em clareza novamente e a chama da vida, o fogo do Sol, rebrilhará em cada peito enfraquecido resistente na fé pelo omnipotente.

05/10/2005

Thursday, July 06, 2006

Qualquer coisa de um jeito qualquer


Hoje resolvi que vou escrever, depois do tempo todo perdido no espaço em que não soube ser...
Qualquer coisa de um jeito qualquer...
Sem me importar com conteúdos, me permitindo ser inútil, estou vazio e me assumo nada, ninguém.
O silêncio está presente em cada pensamento, nenhuma conexão que me atraia, só existo se for pra ser assim, porque é assim que quero ser, vácuo entre aquilo que não é e o seu oposto, para alcançar, se assim merecer, aquilo que sempre fui e não me lembro mais.
A transição...
Evolução não é nada além de regressão.
Ir à diante não é bem aquilo que parece.
Estamos retornando, expandir a consciência não significa ir além, e sim no que antecede.
Somos anteriores, depois do futuro.
Somos atemporais, anti-espaciais...

puto vadio viado



Sou pau sacana, existo entre coxas grossas.
No fim das costas a bunda larga safada engole.
Necessidade do gozo de um macho, o gozo de um macho gostoso.
Sémen derramado em si mesmo, evolução interrompida abaixo do abdómen.
No caminho, entre pelos, a perdição de quem se arrisca humano.
Sexo, a doença do sangue que ainda te resta limpar.
Em pensamento, tecendo conexões antigas, involuntário cresço.
Na mão a lentidão do toque final, mais um último.
Masturbo na memória uma trepada de sucesso, desejo outro nome.
Reavivo parcerias de outras vidas, encontro nessa tesão repetido.
Rendido às lembranças do puto que fui sou então inteiro vadio, viado...
Ajoelhado diante dos corpos jorrando ao som do extase da curra abandono-me, submeto.
Gasto a fonte da vida subvertendo a razão, retorço significados, livres árbitros...


Não serei eternamente assim como vim... Serei novamente assim como sou.

quem sou eu:


Costumo me encontrar no outro.
No olho do outro.
Quando esse contato mais íntimo acontece sinto-me possuído por mim.
Surjo de repente de um lugar desconhecido e me apresento.
Todo EU, inteiro.
Dá vontade de chorar só de pensar... que saudade de mim que eu sinto.
Sou um dependente.
Dependo de encontros.
De grandes encontros...
Desses em que não se usam palavras... tudo já foi dito, tudo é sabido.
Estamos acordados entre nós...
Um passo além de ser o outro, ser espaço entre um e outro.
Ocupar esse espaço e ser o todo...
Ser o todo...

Wednesday, July 05, 2006

Sister




Minha irmã... Minha guardiã!
Minha parceira, companheira de outras vidas, talvez mãe, talvez filha, esposa, ou simplesmente amiga... Não me lembro do que fomos antes de Alexandre e Eliane, e pode ser que nem precisemos saber, porque o que fomos eternamente continuaremos a ser (até que evoluamos, e evoluiremos sempre)... I
ndependente dos vínculos familiares, os de sangue, que nos fizeram nascer dos mesmos pais, aprender as mesmas coisas, estudar nas mesmas escolas, batizar, catequizar... Enfim... Independente disso, de tudo aquilo que não somos; porque eu não sou o meu nome, nem tão pouco você; o que quero lhe dizer é que tenho muito orgulho de ser teu irmão. Teu irmão em Deus, em Cristo, no coração de Maria... Perdoa os deslizes, porque se eu ainda não aprendi a ser merecedor do teu amor, eu vou fazer por aprender e merecer.
Te beijo, te acarinho, e te aninho como filho que pega uma mãe no colo,
seu Xande.

Cristo Novo


No lugar do sangue velho o Novo Cristo renascerá. Será em tuas veias a Morada Sagrada, comungará da Santa Presença, todo o corpo irrigado pela Sua Majestade. Assumiremos a forma maculada pelas mãos dos homens e beatificada na Cruz Divina. Tua luz irradiará novamente, agora somente aos olhos escolhidos, e o Sol rebrilhará, puro, limpo, Cristal Dourado no céu de todas as cores.
O chamado veio para todos. A decisão cabe a cada um de nós. Aceitar o Deus Pai e deixar a ilusão, ou seguir rumo à destruição, mais próxima do que nunca... Dias terríveis nos aguardam, tenhamos Fé no Todo Poderoso, só Ele poderá nos salvar...


27/10/2005

UM NOVO TOQUE


Meu coração é tocado mais uma vez. Um toque real, suave, enlouquecendo minhas células adormecidas, deixando-as frenéticas produtoras de energia que transbordaria num delicioso choro de felicidade se eu não me contralasse. Reequilibro. Só sorrio a vontade de chorar rindo. Me delicio com a presença do amor de Cristo no meu peito. Aceito, eu te aceito meu Irmão Divino. Que seja feita a Vontade do Pai, que eu seja passagem dos teus sonhos mais bonitos, abro mão dos meus construídos na mentira desse mundo... pra me encontrar contigo, pra te abraçar e te ter comigo pra sempre, "eu" perdido de mim, acho-te aos poucos e agradeço a existência, mais uma vida, depois de tantas, é eterna, maravilha esse amor que me agita, e me aquieta na sustentação e na propagação da palavra santa, essa que ouço aqui dentro, tua voz em mim, desentupindo o sutil ouvido com o silêncio absoluto que diz tudo...

05/10/2005

CRUZ DE LUZ


Crucificado ao lado choro copiosamente. Não pela minha morte eminente. Em mente o Ser Divino. Subjulgado, maltratado, condenado. Sua Luz não apagou na cruz. Me cobriu de amor. Tirou a dor do peito. Perdoou os pecados antes da partida que considerava definitiva. Chorou compulsivamente... vontade de viver mais. Hoje estou de volta e a volta Dele se aproxima. Uma nova Missão. A derradeira. Talvez sua última aparição. Colho informação e faço força para transmutá-la em ação. Os velhos hábitos cederão espaço aos belos novos. Em 2012 terei trinta e três. A idade crítica de Cristo. Crística. Não sei como essa história termina, mas estarei para ver... Cheguemos lindamente então, meu irmão, não sofreremos tanto dessa vez. Espero...

05/10/2005

O MAPA DO TESOURO ESTÁ NO ARMÁRIO


E ele veio me visitar.
Vestido com seu uniforme do Comando Real Intergaláctico Ashtar.
Todo de azul com uma estrela de cristal no peito.
Quando entendi não estar sonhando tentei abraçá-lo.
Ele, imperativo, afastou meu braço direito do seu ombro esquerdo e empunhou as mãos, uma sobre a outra, na altura do seu frontal, o terceiro olho, acendendo uma luz branca bem no centro da palma, obrigando-me a recuar.
Senti um imenso amor neste gesto.
E então, sem abrir a boca, disse-me sobre um tesouro e indicou-me o mapa, guardado no armário. Enigma.
Abri os olhos e o cenário era o mesmo, meu quarto, só que agora sem ele.
Isso aconteceu num sábado pela manhã, dia três de Setembro de 2005.