Sou Outro Você

Wednesday, September 26, 2007

O Amarelo Âmbar

Hoje respirei fundo um tanto de esperança
O Sol não saiu detrás das nuvens escuras da tempestade armada
Mas sei ao certo que Ele estava lá
Como sempre há de estar
No mesmo lugar
E pude ouví-lo me dizendo sim
(Badalando feito sino
Ecoando sons de sins
Sim, sim, sim...)
Sim meu filho a-dourado
Terás uma nova chance de seguir abastado
Tua cura está por-vir...
Então caí de joelhos e chovi
Chovi e agradeci
Saí pro céu, corri pra rua
Chovendo forte grosso intenso
Mas lento, bem devagar
Não podia abandonar as particular-idades
M-olhando dentro dos olhos que me olharam encharcados
O tempo parou para que eu me visse espelhado
(Em cada um dos dois
Órgãos gelatinosos das vistas
De-ver do lado de fora)
Reflexo n'água de lágrima
Alagado refletido envergonhado
Me rejeitando assim, fora de mim
Voltei pra casa e chovi na sala um pouco mais ainda
Chovi de alívio, chovi de tanto amor desperdiçado, chovi o nó no peito, o nó na garganta, inundado deitado no sofá...
Escorri catarata silenciosa até o fim
E sem trovejar então relampejei
E iluminei-me num clarão
Numa descarga eléctrica
Atraído pela cor anterior
O amarelo âmbar

Desembaraçado tempo
O Rei enfim se apresentou
E logo se pôs ao cair da tarde
Seguindo vertical para o outro lado
Tratando de amanhecer mais uma vez
Trouxe-me a rainha para se deitar comigo
Adormeci menino brilhante em seu colo
Renasci estrela nos braços da Mãe

Wednesday, September 05, 2007

MESTRE EM MIM


O amor e o perdão
A cura e a liberdade

Frutos dos novos hábitos
Mais antigos
Abandonados esquecidos
Presentes em outras atitudes
Mais humanas
Verdadeiras essenciais

Largar as miudezas
Então ser grande
Assumir a Divindade
Ser homem-mulher
(independe o sexo
o corpo indifere)
Ser Pai-Mãe Criador
Ser Alto-Superior

Transcender o desejo
Elevar a matéria
Ao céu na Terra
Trazer o novo mundo
Mobiliar a nossa casa

Espero paciente
Consciente na mudança
Esperança na criança
Que mora em mim
E em toda gente

A fé que não se abala
Por nada me abandona
Exala o perfume que inala
Cheiro de mato, de flor
Me faz forte fiel servidor
Do nome do Homem-Deus
Sou um estimado filho teu
O chamado ecoando no céu

Me lavo na água corrente
De um rio gelado brilhante
Me seco ao Sol
Corro nu ao vento
Esquento e douro a pele
Sem marcas
Iluminada tez
Num tom rubro-castanho

Essa será minha paz
Viver em mim e nada mais
Ceder ao tempo
(ele sabe bem mais
das coisas que faz)
Num outro espaço
Longe da invenção
Sendo simples natural
Um mestre em mim