Wednesday, May 23, 2007

REVIRAR DOS OLHOS

Revirar de olhos só na incorporação
Nem na hora do sexo deveria ter permissão
Exagero esdrúchulo de extase do gozo
Sinto nojo com esse naipe de espasmo
Triste vivência minha abandonada
Não nunca jamais esquecida
Na cara do corcunda os olhos revirados

Como é que eu pude, Senhor
Como é que eu fiz isso, meu Pai
Como é que se faz isso, eu um filho de Deus

Amado, devolve a carne ao seu setor
Ou então vá até a floresta se arriscar
Pode ser que algum bicho se conceda
Se condene a ser teu alimento
E curve-se diante de ti
Esperando que o mate

Eu não o mataria
Não daria de ombros
À renúncia de uma vida

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Na sequência de abertura do seriado Mary Tyler Moore, Mary aparece num supermercado, andando depressa pelos corredores. Pára no setor de carnes, apanha um filé e verifica o preço. Aí, revira os olhos, dá de ombros e o joga no carrinho.
Era mais ou menos assim que eu me sentia. Claro, gostaria que as coisas tivessem sido diferentes. Mas (revirar de olhos), que é que se pode fazer? (Dar de ombros.)
Joguei a carne em meu carrinho. E fui em frente.
(C.Jr)

5:38 PM  

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