Monday, May 14, 2007

num tempo de mato

Tô num tempo de mato
Sem ter net nem TV a cabo
Fumar só se for baseado
De um verde-in natura
(poupar o peito do tiro do tráfico)
Às seis horas que é a hora
Invocando Sua Presença Santa
Minha Mãezinha Nossa Senhora
Edifício já não quero mais
Caso e moro na caverna
Ou então em mim resido
Viajar de galope à milhão
Nós nus (eu você e o cavalo)
Essencialmente ser de sagitário
Somente sins no pensamento são
Semente germinada brotando fé
E cresce o broto
E vira folha e cheira à flor
Até que planta inteira seja
Laranjeira carregada de laranja boa
Agua o mar de lágrima amor
(Marlene mais e mais feliz)
Shuá, meu mar mãe, shuá
Rainha de nome que rima
Madre Pérola pedra preciosa
Ih, é mãe já...(!)
O Pai na cabeça, meu dono
Sois todo poder e bondade
Dai-me a Luz
Oxi... Alah
Santo Antonio tem seu dia 13 em junho
Senhor casamenteiro junte-me ao Rei
E Rio e Rio e Rio
Rio no rio do Rio
Tom manso de cachoeira
Oxum de tanto e todo rio
Te nadar até sarar
(de verdade da mentira)
Homem-girassol eu soul free
Me enganar não posso jamais
Não quero ter que dizer nunca
Nem uma coisa que não seja
Bicho solto e a floresta aberta
Há braços em mim tatuados
Pés desnudos hinduindianos
Firme raízes no chão da Terra
Descalçados corpo mente e coração
Do lado esquerdo escrevi igualdade
Irmão gêmeo ao meu
Sábio Fábio outro eu
Sol lua e três estrelas
Do direito ainda não sei bem o quê
Só sei que me pinto ali com certeza
Esse meu desejo mudo não
De calar pra ser pra sempre
Assim sem pressa de realizar
Qualquer sonho é novidade
Real-idade da Luna, amada amiga minha
Te topar de cara limpa
Alma lavada aos prantos
Soluços de felicidade genuína
Correr só pelo prazer do vento
Se chegar tá bem e se não também
E tomar banho e tomar chá
Catar uns cânticos no ar
Hinar a voz em canto
E cantar... cantar
Bailar de lá pra cá
Girar caboclo numa umbanda bacana
Até espiralar...
(espirar lar, expirar lah)
Espiritualizar o ser cansado
Chega de ser tão grande
Pra quê, Ser Maior (?)
Se posso ser menino
E viver só de doçura
Elevado às travessuras
Brincar de sol nascente
Até me pôr em colo quente
Do horizonte mais distante
Do outro lado ao longe
Sonhar um novo mundo
É pra lá que eu devo ir
É lá que eu vou brilhar...

1 Comments:

Blogger NANNY MAYER said...

linda poesia irmão,linda demais,leve, sem apego, correr solto e curtir o vento,sem pressa de chegar, sem nada intencionar!!!te amo!

8:12 AM  

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