Mega Mágoa Acumulada
O amor é o mesmo
Só que eu não sou
O amor em mim endureceu
Traído abandonado doente
(a doença divina inventada)
Mentindo descaradamente
Tão carente da Verdade
Curtindo a dor me isolei
Ao léu bem longe
Na estante a rima azul celeste
Resisti aos trancos
Despenquei barrancos
No fundo me reergui
Ferido de tanto tombo
De tanta mágoa
A mega mágoa acumulada
Desaprendi a caminhar
Inteiro intenso verdadeiro
Um bolor apertando peito
Mofando o grande coração
Às tragadas do pulmão-fumaça
Gado marcado à ferro quente
Na face a cicatriz do ser errante
Sangue suor e lágrimas
Mistura maldita de ser homem
De ser um mano boa praça
Tomei facada e mais facada
Nas costas foi até demais
Uma depois da outra
E quando me voltei
Frouxo apavorado
Apanhado pelos cabelos
Ainda tomei soco na cara
Depois o principal corte
Do peito ao sexo
Espalhando os órgãos
(Ex) Vai indo a vida
Pobre santa máquina esburacada
Não te cuidei corpo querido
Te entreguei em mãos erradas
Tô um tanto maior que antes
Cada vez mais e mais distante
Do que me prende à esta terra
CARNÍVORA CRUEL
Que trata gente feito bicho
E bicho que nem lixo
No dia-gnóstico
Fui (salve) condenado
A matar matéria
A-pesar peso de papel
Fisicalidade ven-cendo
E já vai indo e vindo
(Mei lá mei cá)
Prazo de validade
Sangue véio na veia
Positivo e reagente
O resgate vei-divino
Ambulâncias e rosas
Se lhe empresto algum respeito
Saiba que é só porque acredito
Não em você
(mascarado anti-adorado)
E sim no que está escrito
Não há nada em tuas mãos mais bonito
A vida vá-lendo o verso (ou frase)
"...parece-me que só o que fica dos outros seja o que de verdade somos em definitivo..."
Vale a vida, vale o verso (ou frase).
Tá-va-lendo a tatuagem!
(((ofertado a Guerá Fernandes - texto sujeito à transformações)))
Só que eu não sou
O amor em mim endureceu
Traído abandonado doente
(a doença divina inventada)
Mentindo descaradamente
Tão carente da Verdade
Curtindo a dor me isolei
Ao léu bem longe
Na estante a rima azul celeste
Resisti aos trancos
Despenquei barrancos
No fundo me reergui
Ferido de tanto tombo
De tanta mágoa
A mega mágoa acumulada
Desaprendi a caminhar
Inteiro intenso verdadeiro
Um bolor apertando peito
Mofando o grande coração
Às tragadas do pulmão-fumaça
Gado marcado à ferro quente
Na face a cicatriz do ser errante
Sangue suor e lágrimas
Mistura maldita de ser homem
De ser um mano boa praça
Tomei facada e mais facada
Nas costas foi até demais
Uma depois da outra
E quando me voltei
Frouxo apavorado
Apanhado pelos cabelos
Ainda tomei soco na cara
Depois o principal corte
Do peito ao sexo
Espalhando os órgãos
(Ex) Vai indo a vida
Pobre santa máquina esburacada
Não te cuidei corpo querido
Te entreguei em mãos erradas
Tô um tanto maior que antes
Cada vez mais e mais distante
Do que me prende à esta terra
CARNÍVORA CRUEL
Que trata gente feito bicho
E bicho que nem lixo
No dia-gnóstico
Fui (salve) condenado
A matar matéria
A-pesar peso de papel
Fisicalidade ven-cendo
E já vai indo e vindo
(Mei lá mei cá)
Prazo de validade
Sangue véio na veia
Positivo e reagente
O resgate vei-divino
Ambulâncias e rosas
Se lhe empresto algum respeito
Saiba que é só porque acredito
Não em você
(mascarado anti-adorado)
E sim no que está escrito
Não há nada em tuas mãos mais bonito
A vida vá-lendo o verso (ou frase)
"...parece-me que só o que fica dos outros seja o que de verdade somos em definitivo..."
Vale a vida, vale o verso (ou frase).
Tá-va-lendo a tatuagem!
(((ofertado a Guerá Fernandes - texto sujeito à transformações)))
2 Comments:
CARTA AO POETA QUE NASCE
É lindo, é duro, é triste... É de verdade. Eu precisava mesmo chorar por alguma coisa mais sublime. O mundo está cada vez mais pobre e vejo você fazendo um movimento numa velocidade alucinante. E contrária. Nem batendo de frente, nem não aí. Está muito aí sim. Vejo o poeta que nasce em você, ouço a voz e ela é tão particularmente sua. Você mesmo se afinando. E se afirmando como alguém que pensa sim. Ainda que dizendo: não, não! Sem medo da roleta russa, do corredor polonês. De viver hoje sem se preocupar com as poucas rimas que sobram no final do mês. Que doido você escrevendo assim. Eu sei a dor. Mas não é catarse. É algo mais legítimo ao escrever. E eu penso que é verdade que a gente sabe muito pouco do que a gente sabe. E quantas saídas melódicas se procurando. Perdoe se estou feliz. Eu fui durante. E agora. Sei o que cabe ali. Nem tudo em nós é ou foi muito bonito. Eu aceito adiante. Me vivo. De repente eu me viro cansado e sem atenuante.Você iluminado e desconcertante.
Eu vi você aqui bem na minha frente nascendo poeta. Errante.
GUERÁ FERNANDES
Nossa, que forte e que belo!
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