Thursday, November 16, 2006

as mãos vazias

Sim, me veste bem, na medida... Feito luva mesmo.

Mas agora me faltam dedos para usá-las (as luvas), decepei-os... as mãos vazias... Nem os dos pés poupei. Já não caminho, arrasto-me. O apoio foi-se embora pelo ralo, equilíbrio perdido de mim, abandonado. Junto às fezes, a rala diarréia, desço líquido e turvo descarga abaixo. Na veia que o Rio escorre esgoto em direção ao mar... Um canal de restos humanos. A constância se fez confusão e o corpo já não vibra superior. Caiu por terra.

Põe vírgula quando achar o final, deixa a frase aberta, descansa o ponto... Ou faz reticências... Ponto não! Não acabou.

A alma lanhada chora a dor do desengano. Menino acuado, cheio das feridas abertas. Não cicatrizam.

Engulo seco. Sofro calado. Vontade de viver mais feliz. Vontade de ir sei lá pra onde, talvez um lugar escondido, secreto, só nosso. Inventa esse lugar, me conta que eu vou pra lá, te esperar.

E me perdoa a loucura. Não me quero mais viver assim. Doente de amor... doente.

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