Friday, January 06, 2006

Por mais incrível e imaturo que pareça um ato de amor...

Um mês depois também dormi. Cacá fez conta e contou pras gentes que ficaram. Soube através de gente como a gente. Me despedi do que mais sentiria saudade nestes longos momentos eternos de solidão que participo contigo pela manhã, sempre pela manhã, meu amigo, virei as costas e fui embora. Manipula dores (zinhos) eu cumprimento com estalinhos e abraços apertados em datas especiais e despedidas. Tenho nojo, mas silencio. Me arrependo. Jogo o joguinho sujo porque não preciso mais dele. E me arrependo ainda mais... Muito tarde, tarde demais pra eu acreditar ser possível alguma manifestação humana sincera de carinho.
Peço licença pra partir com essa farsa disfarçada de nada, de mala gorda grande pesada, feia suja e mal-amada. Perfume misturado à cheiro de carne podre fede mais ainda que o próprio fedor que exala essa flor murcha inchada, pendurada. Regada à misturas importadas... Roupas bonitas de marca marcam a silhueta de Kinder Ovo com uma surpresa nada agradável dentro. E o chicletinho? Nem Bom Ar borrifado direto na garganta resolveria. Piadas minhas mal contadas, eu sei. Rio por dentro sozinho então. Travessura de moleque mal criado que pediu pra ser educado e foi largado de lado, antes posto pra fora, vamos combinar, por quem deveria ser mãe e pai sim. Ou então tá no lugar errado e estará sempre, onde quer que vá. Se quer que eu faça o caminho de volta de onde estou pra ser criança e encontrar a conexão que me foi dada desde o início vai ter que me ensinar a andar de novo... Como não? Cê é idiota ou o quê? Não percebe que o teu discurso sobre o trabalho, super bonitinho, nunca lindo porque vc não alcança lugar nenhum com ele que ultrapasse a beleza diminutiva... tudo em você parece só mais um texto decorado, Cacá, desses que você insiste em canastrar com vozes de bruxinhas variadas de estórias infantis!
Cobra criada de Antunes? Eu? Eco dessa coisa horrorosa toda... Olha o que você virou... Não, não não não, não, não e não!
Tem gente, como eu, que deveria se olhar menos no espelho pra não ver tanta coisa feia, e você deveria criar coragem pra se olhar mais, e aceitar as belezas todas que te foram oferecidas. Seu burro!
Aqui peço patrocínio à minha publicação. A minha voz é a voz de deus, um deus humano e menino, que diz o que pensa sem medo de perder, já cansou de apanhar, não tem mais nada que o prenda. Nada! Digo essas bobagens todas não só em meu nome, jogo no vento, no ventilador, por isso mesmo, pra quem quiser catar, vibro em nome de todos que compactuam da minha loucura. Meus irmãos perdidos achados de alma. Não você Cacá. Tiro um acento agudo e te encontro em essência. Caca. Caca fedida que perfume estrangeiro nenhum suporta. Essas palavras eu grito aqui, seu farsante, só aqui, no meu silêncio de deus humano e menino. Não vou contar pra mais ninguém que já não te conheça bem melhor do que eu.
Bunda gorda é a tua, meu queridão! Transatlântico é você Cacá Carvalho! Que nem afundar afundou, encalhou, bosta não afunda nunca. Eu fui apaixonado pelo Sancho em outros tempos, mexeu com o cara errado no momento mais pior do que o pior sem o mais antes.
Durma com um barulho desses seu papudo do quinto dos infernos. E queime de uma vez por lá. Seu demônio! Não tenho pena nenhuma. Compaixão? Talvez... não agora, inflamado de discórdia. Eu minto. Minto muito. Minto sempre. Mato e morro. Natureza, entende? Mato, montanha, morro... Entende nada! Você vendeu sua alma faz tempo...
Sinto nada por ti além de pena, essa é a verdade. Vibro junto contigo no mau e me divirto. Toco-te, mas não me sujo. O que está sujo aqui é só meu. E de mim eu cuido sozinho.
O grito calado durante tempos vêm à tona do tamanho que lhe cabe, do meu tamanho, cuspo tua pedra de infelicidade de volta. Toma que o filho morto é teu! Cuida dele por nós, meu amor!
Assim que eu apertar o enviar desse e-mail sei que ainda estarei aqui, no mesmo lugar, certo na hora certa, em que estive prestes a morrer, e escolhi a vida, sabendo tudo o que aprendi de bom, que usarei porque me foi dado por merecimento, não porque roubei. E o de mal, me perdoa, mas tô te devolvendo... Tenho muito o que te agradecer, mas não sei muito bem ainda o quê. Talvez a presença do Roberto, do Stefano, do Vôzinho Augusto e da Sílvia. Talvez o sofrimento... não, isso com certeza, o sofrimento que nos obriga a crescer... isso eu devo agradecer. Mas não agradeço porque ainda dói, e se essas palavras não te doerem por serem infantis demais, engraçadas, patéticas, ou sei lá o quê, perdoa por eu não estar no seu nível de malefício.
O crescimento eu guardo pra um outro momento, esse é o grito calado de quem você não conhece. Nunca viu e nunca mais verá. Vou deixar esse lixo todo pra você se lambuzar... rola porquinho, rola na lama que eu sei que você gosta, tá em casa né?! Ou cagou? Se cagou???
Preciso me reconhecer no erro pra saber que errei. O inventado não me convence!!! Então invento. Acredito mais em mim do que em ti. E o que sinto ainda não calou... Eu não gritei antes porque eu ia te apavorar tanto, mas tanto, que preferi te pegar assim, desprevinido de mim, enquanto tratava minhas dores. Tome elas de volta, meu bem. São tuas também!
Sem ataques cardíacos, por favor, seja mais original e menos paranóico. Cirurgias de última hora são abomináveis, não é mesmo? Ou será que só para alguns inferiores aos escolhidos...?
Ah, e o vermelho é da cor do meu sangue... Meu sangue por e-mail só pra você...
Minha Jamanta!
Com carinho, destilando veneno mais puro, do fundo d'alma ferida de criança que implica mesmo, e bate assim como pode, e como bem entende,
Alexandre Heser Kirchmayer.

Obs: A foto tem muito a ver com a condição de quem escreve neste momento. Um homem das cavernas...

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