Friday, January 06, 2006

A bênção

Penso em ti também enquanto escrevo, minha mãe das artes, vós que me guiastes até o espírito, alto interior, trazendo à superfície o potencial criador, beijo frontal no olho invisível, renasci no teu colo, não sabia porque chorava, a dor do parto era minha, te ofereci escorrendo salgado até o canto da boca seca...

Cristal encharcado no mar, lágrima sem fim, eternizada no horizonte.

Te vejo assim como me viu: bela e inocente. Dragão cuspindo fogo ardido da alma purificada em chama.

Me chama. Sou quem você quiser. Me eleva. Te amo!

(((ofertado à Isabel Setti - amada mestra)))

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