No fundo à beira da morte me olha
HIVota voa rente ao mar revolto.
Vai em busca de alimento.
Sou presa fácil nesse momento.
Danço com a morte girando fora do ar.
Busco um respiro...
Engulo água salgada.
Bato pé buscando a superfície...
Não encontro.
A morte me olha.
Não posso vê-la.
Iemanjá quer me levar pra viver no mar.
Vou fundo mais uma vez.
Encontro o impulso da vida.
Inspiro grande novamente.
Mas não posso parar.
O perigo se aproxima.
Luto mais uma vez.
Sinto-a lambendo minhas coxas.
Carinho maligno estendido até os pés.
Recobro-me.
Nu, com puta dor, o peito chora.
Perdoa os pecados, Senhor.
Eu quero viver.
Perdoa a arrogância, mas...
Não é minha hora.
Você, que insiste em me dar chances...
Lhe serei eternamente grato. Meu Pai.
Te respeito quando cinza.
Tua brabeza é bem maior que a minha.
Cuida de mim e incentiva;
Se o caminho lhe agradar.
Tô fazendo o possível...
E quero melhorar.
Sou criança demais.
Buscando seu colo.
Saudade de mim, ó Pai.
E amo tuas águas!
Não quero temer a Mãe...
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