Friday, January 27, 2006

Em desconstrução


Um pássaro, uma águia de asas abertas estampada na testa. Ou uma Fenix? Frontal avoador... Será o Espírito Santo? Ao fundo o sol, iluminado por todos nós. A troca sagrada, a partilha, a comunhão. De que valeriam as palavras se não pudessemos tocá-las, escolhe-las e distribuí-las. Essas sim tem seu valor. Prefiro aquelas que me tocam, que me escolhem, me distribuem. Essas são as que valem, meu Deus, são tuas, meu Pai. Delas tenho o mínimo de compreensão, a que me cabe, e desejo ainda mais, e sempre...
Me guio pelo não saber. Aquilo sabido não interessa mais. No lugar onde estou satisfeito e tranquilo involuo. Estagno. Todo chão fecundado pede um novo pra ser arado. Lanço minhas sementes ao vento, amante do tempo, que leva e traz luz e água, crescimento.
Sem a juba encontro realeza. Sua ausência externa me obriga a buscá-la dentro. Enxergo-a clara como nuvem branca e gorda, farta de reflexão.
Silêncio. É hora de ser tudo. Peço licença pra subir. Meu canto nas alturas.

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