[SEGUNDA PARTE - ALEM AR]
Ai meu coração
Serei merecedor do amor do Pai
Tanta luz e tanta dor
Um sofrimento apertado contra o peito
Calado me liberto aos poucos
Queimando os karmas
Nas doenças que iluminam a vida
Machuco mais e mais a ferida aberta
Ainda não estou cicatrizado
Solto meu olhar lá fora
Enxergo minha mãe na Terra
Volto o olhar pra dentro
Percebo outro nome, não sou mais eu
Sou outra mulher
Sou filha também da mãe do céu
Esfrego e limpo minhas carnes podres
Quero mesmo é o perfume da pureza
O valor resgatado da inocência
Chega desse cheiro morto
Essa bicheira estampada no meu rosto
Sou anjo ferido na queda eterna
Tombei de boca e quebrei a cara
Penduro uma flor deformada atrás da orelha
E respiro algo como um frescor de laranjeira
A minha mão agora se mexe por conta sua
Por conta própria de existir em teu corpo
Escreve sozinha
Independe da vontade
Te dá uma resposta franca
Te mostra só o que é verdade
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