FOI-SE ♠♣
A vida ideal, sonhada junto, de casal, somada beleza em dois seres unos, na distância que se fez material, repartiu-se o amor em três, união independencializada da gente, agora cada um que tome a sua parte e a outra que volte de onde veio, ou procure um novo canto, um novo som de bicho morto, um ''crack'' de osso, fratura expondo o mais inteior do corpo, um grito de atropelamento, sou eu sozinho desde o início em nossa antiga casa da floresta...
Ela me deixou, não abandonou crianças pra eu cuidar, o mato seco, a terra rachada, não há mais água que venha do céu para apagar o fogo crimonoso, incendeia coração fogueira, coração de São João, um tropeço e o cigarro ao chão, queimando os pés descalços, feridos da fuga, enchendo o peito de fumaça num único respiro seu, meu suspiro interrompido, pneumonia, desisto mais uma vez e adoeço crônicamente de sexo.
Ela me deixou, não abandonou crianças pra eu cuidar, o mato seco, a terra rachada, não há mais água que venha do céu para apagar o fogo crimonoso, incendeia coração fogueira, coração de São João, um tropeço e o cigarro ao chão, queimando os pés descalços, feridos da fuga, enchendo o peito de fumaça num único respiro seu, meu suspiro interrompido, pneumonia, desisto mais uma vez e adoeço crônicamente de sexo.
O sexo está doente, carrego a foice no lugar do órgão.
Ando ainda mais e mais rápido, arrependido, perdido na cidade perdida, quanto mais passo menos vida reconheço, que horror, quanta feiúra... Não sei de Deus em Barra Mansa, minha terra é a vizinha, a volta redonda que o rio Paraíba faz inspirou o nome, Volta Redonda do estado do rio Paraíba, no Rio, rio bêbado, bêbado de rio que tonteia... bom é pelo menos saber então que ela não estará mais ao seu lado, nem moro mais por lá e ainda penso em voltar às origens, lugar esquecido de mim, sem o amor que senti ao nascer...
Menos homem me torno nesses dias assassinos, já não sinto dor... Nem pena de mim, não sou eu a vítima... Um certo cansaço apenas.
Eu, inadaptável ser humano. Incorruptível ser das trevas insistindo no romper da Luz Divina. Vem! Lá do alto, vem... Do mais alto profundo em mim, em ti, em nós... Sou filho da Verdade e não posso mais parar, nem voltar atrás.
Esqueço jamais o teu brilho, meu Pai, teu olho em mim antes da partida, silêncio obrigatório entre nós agora, tempo indeterminado, seu corpo de um lado, o meu do outro, incomunicáveis, intransponível barreira invisível nos separa, a ilusão de que você não existe não me engana. Nem um pouco. Choro mesmo é a dor da mãe que acaricia o rosto ensanguentado deformado irreconhecível do filho arrancado de si ao terceiro capote. O carro amassado das cambalhotas parou em cima da barriga dela.
Não sei de nada além do que inventei, conforto os sofrimentos adquiridos neste plano falido inventando minha própria realidade, chocada contra tudo o que desejei ser grande.
Ando ainda mais e mais rápido, arrependido, perdido na cidade perdida, quanto mais passo menos vida reconheço, que horror, quanta feiúra... Não sei de Deus em Barra Mansa, minha terra é a vizinha, a volta redonda que o rio Paraíba faz inspirou o nome, Volta Redonda do estado do rio Paraíba, no Rio, rio bêbado, bêbado de rio que tonteia... bom é pelo menos saber então que ela não estará mais ao seu lado, nem moro mais por lá e ainda penso em voltar às origens, lugar esquecido de mim, sem o amor que senti ao nascer...
Menos homem me torno nesses dias assassinos, já não sinto dor... Nem pena de mim, não sou eu a vítima... Um certo cansaço apenas.
Eu, inadaptável ser humano. Incorruptível ser das trevas insistindo no romper da Luz Divina. Vem! Lá do alto, vem... Do mais alto profundo em mim, em ti, em nós... Sou filho da Verdade e não posso mais parar, nem voltar atrás.
Esqueço jamais o teu brilho, meu Pai, teu olho em mim antes da partida, silêncio obrigatório entre nós agora, tempo indeterminado, seu corpo de um lado, o meu do outro, incomunicáveis, intransponível barreira invisível nos separa, a ilusão de que você não existe não me engana. Nem um pouco. Choro mesmo é a dor da mãe que acaricia o rosto ensanguentado deformado irreconhecível do filho arrancado de si ao terceiro capote. O carro amassado das cambalhotas parou em cima da barriga dela.
Não sei de nada além do que inventei, conforto os sofrimentos adquiridos neste plano falido inventando minha própria realidade, chocada contra tudo o que desejei ser grande.
O Amor é o meu desejo. O Silêncio. E a Verdade.
1 Comments:
O amor vem de dentro pra fora. Doa-se aquilo que sobra, nunca mais do que isso.
Amre-se por inteiro, ame-se de dentro pra fora, mas ame-se tanto que possa transbordar para os que te rodeiam.
Quem não ama o teu amor próprio não tem que estar ao teu lado. Quem não valoriza a irradiação da força do ser não aprendeu ainda a amar.
Qualquer um pode te deixar e isso será o normal. Dói mas é normal. É normal você amar mais do que é amado. É assim que funciona. Bom ou ruim, vive mais quem não divide seu amor com ninguém mas por não dividir não aproveita. E quem divide não fica com meio mas aproveita por inteiro. Divida mesmo sabendo que muitas vezes vão desprezar o amor que você oferece. Mas divida.
Ame-se muito! Ame-se!
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